No ano de 1906, as margens do Rio
Preto do Costa e do Rio das Contas, exista uma fazenda de propriedade dos
senhores Sérgio Bispo e Arcanjo Pereira. Foram nestas terras que começaram as
caminhadas, uma após outra. No local de encontros desses rios, havia uma
rancharia onde os tropeiros e viajantes pernoitavam devido às dificuldades de
transporte, pois levavam mais de um dia de viagem à cidade de Jequié onde os
tropeiros iam comprar mercadorias, percurso esse feito em lombo de animais.
Naquela época os tropeiros
carregavam latas de querosene em animais, e com o abalo das caminhadas, essas
latas furavam e derramavam gás pelo meio da estrada, deixando assim um cheiro
desagradável. Por causa deste fato começaram a chamar o lugarejo de Mija-Gás.
Esse gás era comprado na estação ferroviária de Jequié, transportado pelo trem
de ferro que fazia a linha Jequié - Nazaré das Farinhas. Afirma-se que as
primeiras casas construídas em Jitaúna foram de propriedades do senhor Bispo
tendo como responsável pela construção o senhor Sérgio Gazo: uma residência e
uma casa comercial.
Em 1914, o advogado Antônio
Amaral, acompanhado de Sérgio Amaral, fizeram listagem de ruas e deu início à
construção de uma capela (primeira Igreja Católica). Ao fim da construção, O
Dr. Antônio Amaral, juntamente com amigos influentes da capital, entraram em
contato com o arcebispo Dom Gerônimo Forne Souza para organizar a primeira
missa, que foi ministrada por um vigário de Jequié.
Em 1915, dois jovens, Álvaro
Amaral e seu irmão Salvador Amaral, saíram de Jequié em direção ao sul à
procura de um ponto de negócio e compra de cacau, achando nesta região
intermediária entre zona da mata e o semi-árido, uma excelente oportunidade,
principalmente por ser via de tropeiros e exploradores de outras regiões.
Chegando aqui, conversaram com o fazendeiro Sérgio Bispo e terminaram por alugar
a casa do mesmo por 5 mil réis. Foram bem sucedidos e a partir deste fato
começaram a chegar pequenos comerciantes que se instalaram no lugarejo.
Com passar do tempo o progresso
foi aumentando e em 1918 o lugarejo recebeu a designação de Esplanada, considerando
que toda região povoada era plana. Essa mudança foi muito discutida o que
acarretou em um incidente lamentável, na noite da mudança de nome enquanto o
missionário pregava o sermão, dois homens começaram a discutir e um deles
assassinou o seu parceiro a pauladas. O chefe de polícia naquela época era o
senhor Agapito Fernandes que comandou a procura do assassino, e que segundo
informação teria fugido para o lugarejo de Rapa Tição, atual Baixa Alegre, não
sendo encontrado. Em 1919, o senhor Antônio Mário constrói o primeiro hotel e
César Mauro constrói a primeira casa de malhas e tecidos, além de compras e
vendas. Ainda naquele ano, assumiu o posto de subdelegado e chefe político o
senhor Hormínio Rios, e também a chegada da professora Paula, que inicia em
mais um grau a educação juvenil.
Em 1920, Esplanada já possuía 3
avenidas e uma praça. A primeira avenida recebeu o nome de Rua dos Tropeiros,
hoje conhecida como 24 de outubro. O Rio de Contas entrou em ação em 1921,
levando um lado da Rua Direita, causando grandes prejuízos para o povoado. E
ainda neste ano instala-se a feira livre.
Já em 1925 foi designado uma casa
para os Correios e primeiro templo da Igreja Batista, além da estreia o
novenário ao glorioso Santo Antônio.
Em 1926 ocorreu inicialmente a
mudança do nome Esplanada para Itaúna, com o significado derivado da linguá
tupi "Ita"(pedra) e "Una"(água), por existirem duas cidades
com o mesmo nome: Itaúna no estado de Minas Gerais e Esplanada no mesmo estado
da Bahia, o professor Teodorico Sampaio em Salvador, resolveu mudar para
Jitaúna, "Jita"(abelha) e "Una"(preta). Ainda neste ano
surgiram os primeiros imigrantes italianos: Francisco Adígio, Miguel Orizi,
Setinio Rusciolelli, Braz Forte, João Rusciolelli, Nicolau Guidice, Geraldo
Orrico e tantos outros que abraçaram o comércio.
Em 1927 foi instalado o Cartório
de Paz sendo seu escrivão Umbelino José dos Reis e em 1928 foi instalado o
Registro Civil das pessoas naturais.
Tinha como juiz de paz o senhor
Lydio Fernandes Bahiense. Neste ano chegaram a Jitaúna os cidadãos os senhores
Albino Cajahyba, Carlos Sá Barreto, Marcos de Araújo e Pedro Mendes. Já viviam
aqui os senhores Pompílio Matos, Bernadino Cassemiro, Agripino Sá Barros e o
senhor Manoel José Gonçalves proprietário da fazenda Primavera.
A primeira rodovia de Jitaúna
teve início com o intendente policial Anibal Brito, de Jequié, que juntamente
com o senhor Amphilophio Bittencourt (motorista mecânico de Jequié), vieram em
um Ford 1928, abrindo a estrada com pás e picaretas iniciando uma rodovia que
ligava a cidade de Jequié com o distrito de Rio Novo - que mais a frente se
tornaria a cidade de Ipiaú - passando pelo povoado de Rio Branco (onde hoje é
Itajuru) e Barra Avenida.
Em 1929 chegou o primeiro carro
de propriedade do senhor Anibal Brito, o primeiro passeio foi feito no lugarejo
por Pascoal Armentano, Carlos Sá Barreto, Laurinho de Cazuza e Francisco de
Leônio que era motorista.
A iluminação só chegou em 1930 e
apenas para 09 casas.
Em 1939 foi organizada uma
comissão tendo a frente o cidadão mais entusiasmo, o senhor Manoel Alves Meira
para construir a primeira Igreja Católica de Jitaúna que tinha como padroeiro
Santo Antônio. Os primeiros padres que vieram celebrar missa foram os
reverendos Jacinto Seixas e Antônio Freire. Em 19 de fevereiro de 1939 o
Cardeal Augusto Álvares da Silva elevou a capela para paróquia tendo como
padroeiro Senhor do Bonfim e só posteriormente firmou-se Nossa Senhora da
Conceição como padroeira do povoado que ainda teve como padres residentes, o
senhor Tétone (primeiro padre), Euzinio Alves Gomes (segundo padre residente) e
Ângelo de Rocco (terceiro padre residente).
Logo após a Revolução de 1943 até
1945 o distrito viveu plena paz.
Com a eleição de 1946 e
posteriormente as outras eleições, os prefeitos que por Jequié passaram sempre
tiveram a preocupação em melhorar o aspecto do distrito de Jitaúna. Neste
período já havia o calçamento da rua Coronel João Borges, a primeira escola que
se chamava Castro Alves e o antigo mercado municipal.
No âmbito político ocorreram
sucessivos acontecimentos de relevante importância para esta comunidade, em
1958 acontece o primeiro movimento de emancipação com o propósito de emancipar
Jitaúna. Os moradores como Carlos Sá Barreto, Padre Euzinio Gomes e Elias
D”Avila Filho dirigiram-se para Salvador juntamente com o Deputado Nilton Pinto
e reuniram-se para tratar do assunto tão palpitante de interesse dos
jitauneses. Depois de muitas reuniões políticas, foi realizado o plebiscito
para consulta popular sobre a emancipação do povoado de Jitaúna, tendo sido
aprovado por unanimidade. Este fato ocorreu no governo do General Juracy
Magalhães.
Em 22 de dezembro de 1961,
através da Lei Estadual nº 1588, Jitaúna se desmembra de Jequié e torna-se
município para alegria de sua população.
No ano de 1962 foi o ano que
marcou a história na vida dos jitaunenses, caracterizando-se por um período de
organização para funcionários do município, processando-se as eleições para
prefeito e vereadores. O primeiro prefeito eleito do município foi o senhor Elias
D'Ávila Filho e a primeira Câmara de Vereadores teve como presidente o senhor
Milton Barbosa de Almeida (conhecido popularmente com Moreno).
Em 3 de março de 1963 foi
instalado a Prefeitura Municipal de Jitaúna. Neste período muitas obras foram
realizadas tanto na sede como no distrito de Santa Terezinha, como construção
de praças, instalação da energia elétrica, serviço de água encanada, construção
da Biblioteca Infantil Denise Tavares, posto de saúde, diversas escolas na zona
rural e o Centro Educacional Albino Cajahyba (1º e 2º grau do curso normal).
Essas obras tiveram o apoio do Governador Lomanto Junior e do Deputado Urbano
de Almeida Neto.
Prefeitos de Jitaúna[editar
Prefeito Período
1º Élias D'Ávila Filho 1963
- 1966
2º Milton Barbosa de Almeida 1967
- 1970
3º Élias D'Ávila Filho (2º período administrativo) 1971 - 1974
4º Milton Barbosa de Almeida (2º período administrativo) 1975 - 1978
5º Alberico da Silva Oliveira 1879
- 1982
6º Claudemiro Dias Lima (Assassinado em janeiro de 1986) 1983 - 1986
7º Manoel Alves Santiago (Vice-prefeito empossado) 1986 - 1987
8º Gilberto Lopes dos Santos Filho 1988 - 1992
9º Edísio Cerqueira Alves 1993
- 1996
10º Gilberto Lopes dos Santos Filho (2º período administrativo) 1997 - 2000
11º Gilda Ramos dos Santos (Morta em janeiro de 2002) 2001 - 2002
12º Adeilson Silva Bastos (Vice-prefeito empossado) 2002 - 2004
13º Edísio Cerqueira Alves (2º período administrativo) 2005 - 2008
Edísio Cerqueira Alves (2º
mandato - reeleito) 2009 - 2012
14º Edson Silva Souza 2013
- 2016
15º Patrick Gilberto Rodrigues Lopes 2017 - 2020